Resumo: | O problema das pontes térmicas é hoje um dos defeitos mais correntes nos edifícios portugueses. Tem sido prática corrente realizar correcções de pontes térmicas que equivalem a forras cerâmicas a envolver os elementos estruturais, com o propósito de resolver o problema. No entanto, a melhoria do comportamento térmico introduzida por estas soluções é praticamente nula. Para além disso, tem sido demasiado frequente o aparecimento de novas patologias decorrentes desta prática. Por outro lado, as zonas de ponte térmica são os pontos preferenciais das fachadas para a concentração de tensões, o que origina, nessas zonas, diversas anomalias de carácter mecânico. Estas fragilidades deram às zonas de ponte térmica o protagonismo nas patologias das fachadas. A prevenção destas anomalias é, assim, indispensável. Existe contudo um enorme número de edifícios, recentemente construídos, com problemas deste tipo, nos quais é essencial proceder a acções de reabilitação. Neste trabalho são identificadas as patologias nas zonas referidas e é realizado um diagnóstico das causas possíveis. Identificando as situações de ponte térmica mais problemáticas, é realizado um estudo e são propostas soluções construtivas de reabilitação para melhoria do seu comportamento térmico, que também desempenhem mecanicamente um papel eficaz e se enquadrem harmoniosamente na arquitectura de fachada ou na decoração dos espaços interiores. Propõem-se também soluções de reabilitação para as anomalias construtivas nestas zonas, dando especial atenção à resolução das anomalias em situações de alvenaria não confinada originadas pelas tentativas de correcção térmica com recurso às forras cerâmicas exteriores. Apresentam-se soluções com a preocupação de resolver simultaneamente o problema da ponte térmica e outras patologias relativas ao funcionamento mecânico.
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