Construtores da bio(in)segurança na base de dados de perfis de ADN
O presente texto analisa discursos de peritos e de políticos produzidos acerca da criação de uma base de dados de perfis de ADN em Portugal para identificação civil e investigação criminal, com o intuito de explorar alguns patamares de construção da biossegurança. Constata-se que três tipos principa...
Autor principal: | |
---|---|
Formato: | article |
Idioma: | por |
Publicado em: |
2011
|
Assuntos: | |
Texto completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612011000100008 |
País: | Portugal |
Oai: | oai:scielo:S0873-65612011000100008 |
Resumo: | O presente texto analisa discursos de peritos e de políticos produzidos acerca da criação de uma base de dados de perfis de ADN em Portugal para identificação civil e investigação criminal, com o intuito de explorar alguns patamares de construção da biossegurança. Constata-se que três tipos principais de argumentação são utilizados: a ciência como suporte de uma justiça simultaneamente mais eficaz e mais credível; a necessidade de acompanhar o percurso de países mais desenvolvidos em matéria de investigação criminal e de cooperação transfronteiriça; o contributo para o bem comum. Trata-se de um projeto técnico-genético e biopolítico crescentemente global e imbricado em imaginários coletivos assentes no medo do crime e do criminoso, que assenta mais em promessas de utilidade imaginada e de eficácia na identificação de criminosos do que na invocação dos riscos e das incertezas. |
---|