Resumo: | A construção da identidade e da autonomia parental são próprias da adolescência. Aos adolescentes diabéticos, acresce a gestão da patologia. A resiliência parece constituir-se como fator significativo na gestão das adversidades. Objetivos: (i) identificar estudos sobre resiliência desenvolvidos com adolescentes diabéticos; (ii) descrever os principais resultados da investigação efetuada.Selecionamos 9 estudos dos quais emergiram 3 categorias: (i) variáveis relacionadas com a resiliência; (ii) impacto do conhecimento no controlo glicémico; (iii) possíveis intervenções a propor. Entre as variáveis estudadas destacam-se angústia, depressão, problemas psicossociais, estratégias de coping, qualidade de vida, afeto positivo, resiliência, conhecimento sobre diabetes, comportamentos de autocuidado e controlo glicémico. Testaram-se 3 intervenções consideradas promotoras de resiliência. As amostras foram maioritariamente intencionais (8), os estudos transversais (6), todos quantitativos, embora um inclua análise qualitativa. Utilizadas 33 escalas na recolha de dados.Embora os estudos analisados não permitam generalizações e requeiram prudência na interpretação, verificaram-se diferenças relacionadas com raças e etnias; o conhecimento sobre diabetes não se correlacionou com controlo glicémico; ansiedade e depressão surgiram como fatores de risco enquanto que afeto positivo, apoio escolar, estratégias de coping mais adaptativas, comportamentos de autocuidado e resiliência parecem favorecer uma melhor gestão da diabetes traduzida num melhor controlo glicémico.
|