Resumo: | A inclusão não será uma efectiva inclusão se apenas se resumir a uma presença física da criança diferente (seja ou não portadora de deficiência) em contexto escolar. A ambição deve ser maior, o desafio será incluir as crianças também na sua dimensão social e afectiva. Para viabilizar este repto é fundamental considerar aqueles que são essenciais a qualquer processo de socialização: os outros, os pares. O Projecto de Intervenção desenvolvido junto de 19 alunos, a frequentar o 7º ano de escolaridade, pretendeu promover mudanças ao nível da compreensão, aceitação e inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE), através da construção e implementação do Programa PARES, Este programa, baseado no desenvolvimento de competências sociais de todos os alunos envolvidos, possibilitou a ocorrência de algumas mudanças ao nível da aceitação dos alunos com NEE pelos seus pares. O significado atribuído a esta intervenção pelos seus intervenientes, alunos e professores, é bastante positivo. Com base nos instrumentos de avaliação utilizados, conclui-se que a posição sociométrica do aluno com NEE pode melhorar, no âmbito da turma. Os níveis de aceitação, colaboração e concordância com a presença destes alunos no contexto escolar alteraram ligeiramente, indicando possíveis modificações no percurso da inclusão. O aumento da utilização de competências sociais, pelos alunos, pode ser considerado relevante. No caso do aluno com NEE, o aumento de utilização de competência sociais foi significativo. A intervenção permite, pois, melhorar os “trilhos” para a inclusão de alunos com NEES, promovendo a compreensão, aceitação e tolerância da diferença, independentemente da sua origem ou tipologia.
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