Diálogo saudável : desenvolvimento da aplicação Debaqi

Ao longo dos tempos a introdução de novas tecnologias no nosso quotidiano tem vindo a moldar gerações e a revolucionar o modo como trabalhamos e vivemos em sociedade. A tecnologia, para além de ter tornado as nossas vidas bastante mais fáceis e simultaneamente mais eficientes, abalou profundamente o...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Perdigão, Pedro de Almeida (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10437/11513
País:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/11513
Descrição
Resumo:Ao longo dos tempos a introdução de novas tecnologias no nosso quotidiano tem vindo a moldar gerações e a revolucionar o modo como trabalhamos e vivemos em sociedade. A tecnologia, para além de ter tornado as nossas vidas bastante mais fáceis e simultaneamente mais eficientes, abalou profundamente os alicerces da necessidade humana de socialização presencial. Há algumas décadas, seria necessário esperar vários dias e até, nalguns casos, meses por uma mensagem, privilegiando-se a comunicação direta. Agora, através de uns meros cliques num smartphone podemos enviar instantaneamente um e-mail ou uma mensagem a qualquer pessoa no Mundo, desde que tenha em sua posse um dispositivo habilitado a receber este tipo de conteúdo. A crescente disponibilização de chats e redes sociais como meios de comunicação indireta entre pessoas através da Internet tem vindo a mudar profundamente a maneira como os Seres Humanos tendem a comunicar, afetando negativamente a aptidão de comunicação frontal. Destacam-se neste âmbito os jovens - os «heavy users» - enquanto população alvo deste estudo, por serem aqueles que tendem a ter maior fragilidade na «saúde» de um diálogo online. Atentos a esta temática, a Rede de Bibliotecas Escolares e o COPELABS desafiou-nos a desenvolver uma aplicação Web, que recorrendo às mais atuais tecnologias «open-source» e Cloud, permitisse realizar debates online em formato de chat, onde os utilizadores pudessem partilhar livremente e anonimamente as suas opiniões sobre qualquer tema passível de ser parametrizado no sistema: uma espécie de «prós e contras» digital. Por isso, «batizámos» esta aplicação com o nome de Debaqi, um diminutivo de «debate aqui». Esta plataforma, para além de ser um meio de comunicação digital, destaca-se das restantes por incluir algoritmos de inteligência artificial que permitem extrair métricas referentes à «saúde» de um diálogo. No âmbito desta investigação, convidámos diversos Professores de várias Escolas Nacionais para criarem grupos de 15 a 20 de estudantes. Mediante autorização prévia dos respetivos encarregados de educação, os alunos puderam expressar as suas ideias acerca de temas da atualidade através da aplicação Debaqi. Os estudantes tiveram oportunidade de debater assuntos como a alteração climática, a privacidade no namoro e a violência de género. A análise dos dados gerados nas atividades visa apoiar a evolução do papel do Professor Bibliotecário numa sociedade constantemente online, facultando ferramentas que permitam identificar tendências, áreas problemáticas e oportunidades de intervenção em tempo real.