Summary: | Entre Janeiro e Setembro de 2009, no âmbito da Empreitada de Construção do Sistema de Intercepção e Câmara de Válvulas de Maré do Terreiro do Paço, a cargo da SIMTEJO, foram identificados vestígios arqueológicos que permitem recuar a vivência, do espaço da actual Praça do Comércio, até meados do século XVI. Esta obra de saneamento, que permitiu atenuar a drenagem directa dos esgotos de 100 mil lisboetas no rio Tejo, consistiu na construção de duas caixas de válvulas de maré que interceptam as águas residuais dos antigos caneiros pombalinos que correm pela Baixa. Estas construções implicaram um revolvimento profundo no subsolo da Praça do Comércio, havendo a necessidade de efectuar escavações até cerca de 6m abaixo do piso actual. Durante a escavação de uma das caixas, a Caixa de Válvulas de Maré da Rua do Ouro (à qual designaremos por CVM-RO) identificaram-se e registaram-se alguns dos mais importantes vestígios relacionados com a frente ribeirinha lisboeta, pré-Terramoto de 1755.
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