Summary: | Introdução: A Tomografia computadorizada cone beam tornou-se a técnica de imagem radiográfica tridimensional padrão com uma ampla variedade de aplicações, sendo um importante instrumento de diagnóstico, planeamento e acompanhamento de casos em Implantologia. No entanto, deve-se estar ciente dos artefactos de metal produzidos por essa técnica e que mascaram a osseointegração e defeitos ósseos superficiais. Objetivos: Identificar os fatores que influenciam a formação de artefactos ao redor de implantes dentários e as interferências que estes podem causar no acompanhamento clínico e no diagnóstico precoce de complicações nos implantes. Material e métodos: Foi aplicada a estratégia de busca baseada em PICO, com base nas palavras-chave determinadas, na procura de publicações em língua inglesa indexadas na base de dados PubMed, publicados entre 2010 e 2022. Entre os artigos selecionados encontram-se 7 investigações pré-clínicas; das quais 2 são in vitro, 2 são experimentais, e 3 são de estudo com animais (bovinos e caninos). Há também 4 revisões sistemáticas. Além disso, existe 1 workshop de consenso e 1 estudo transversal. As características das publicações selecionadas foram resumidas em formato tabular. Resultados: os principais artefactos ao redor do implante são os do tipo endurecimento de feixe. Alguns fatores que influenciam na formação dos artefactos foram o material do implante, tipo de osso, regiões avaliadas, distância entre os implantes, tipo de CBCT, tamanho campo de visão (FOV). Artefactos podem ser minimizados com a utilização de algoritmos, contudo as estruturas mais delicadas como a lâmina dura podem ficar menos nítidas. Conclusões: Verificou-se que a imagem bidimensional intraoral continua a ser a primeira escolha para a avaliação dos implantes dentários após a sua instalação. Embora o CBCT apresente o risco de maior dose de radiação e a presença de artefactos metálicos, o médico não deve hesitar em solicitá-lo quando os benefícios de um diagnóstico preciso superam os riscos envolvidos.
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