Mobilidade pedonal e pessoas idosas

Enquadramento: O envelhecimento populacional acarreta consequências na sociedade em geral, exigindo a formulação de políticas públicas capazes de minimizar esses efeitos e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas. A mobilidade pedonal é uma das atividades mais praticadas pe...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Costa, Catarina Viana (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/15542
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/15542
Descrição
Resumo:Enquadramento: O envelhecimento populacional acarreta consequências na sociedade em geral, exigindo a formulação de políticas públicas capazes de minimizar esses efeitos e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas. A mobilidade pedonal é uma das atividades mais praticadas pelos idosos, como simples forma de deslocação, enquanto prática desportiva ou como atividade lúdica. Neste contexto, o ambiente construído e a (in)existência de atividades dirigidas aos idosos podem constituir fatores alavancadores ou limitadores dessa mobilidade. Atuar sobre esses fatores contribui significativamente para a saúde, bem-estar e qualidade de vida das pessoas idosas. Embora seja uma temática que tem merecido crescente atenção, ao nível académico e na arena política, há poucos estudos que analisam a relação mobilidade pedonal/ambiente construído/atividades indutoras de mobilidade pedonal na vertente das políticas públicas. A ausência destes estudos no caso português é ainda mais visível, justificando o aprofundamento desta questão num contexto específico. Objetivos: Este estudo tem como objetivo geral perceber que políticas públicas locais podem ser formuladas no sentido de promover uma maior mobilidade pedonal por parte das pessoas idosas. Pretende-se também compreender de que forma é que o ambiente construído e as atividades ocupacionais dirigidas às pessoas idosas constituem fatores alavancadores ou inibidores da mobilidade pedonal. Desta forma, é necessária a compreensão da relação existente entre os fatores que caracterizam a mobilidade pedonal, o ambiente construído e as atividades indutoras de mobilidade do ponto de vista das políticas públicas, num contexto territorial específico: concelho de Viseu. Metodologia: A componente empírica da investigação está direcionada num desenho de estudo exploratório com abordagem qualitativa, a desenvolver-se no contexto do concelho de Viseu. Com base em análise documental e na realização de entrevistas conduzidas presencialmente a um conjunto de atores-chave da administração local e organizações não-governamentais, a recolha e o tratamento de informação incidiram sobre dois domínios complementares: relação ambiente construído/mobilidade pedonal e relação atividades de apoio a idosos/mobilidade pedonal. Resultados: Os resultados obtidos para o caso do concelho de Viseu mostram que, embora sejam desenvolvidas intervenções no âmbito do ambiente construído e no desenvolvimento de atividades para as pessoas idosas, persiste uma visão e intervenção fragmentadas. Acresce que as próprias dimensões integrantes do ambiente construído não são levadas em consideração de uma forma global, mas antes parcelar, resolvendo-se situações pontuais conforme as prioridades e os recursos percecionados pelos atores locais. Já no que respeita às atividades, o município de Viseu tem apostado na vertente física dos indivíduos, apresentando resultados significativos no que respeita à saúde e bem-estar das pessoas idosas. Conclusão: Os principais resultados sugerem que há ainda uma necessidade de se trabalhar esta temática no município de Viseu, procurando criar políticas de articulação entre as dimensões do ambiente construído e das atividades para as pessoas idosas, uma vez que só a articulação entre estes fatores pode conduzir à definição de políticas de sucesso para a promoção da mobilidade pedonal das pessoas idosas.