Summary: | As posições de Henri Bergson sobre Plotino constituem um caso curioso, contrastando entre uma simpatia declarada nos Cours do Collège de France e um quase silêncio na obra escrita. Enquanto o professor Bergson se interessa pelo estudo da obra de Plotino por si mesma, o filósofo Bergson identifica o neoplatónico com a matriz de todo um corpo metafísico de saber: o pensamento antigo grego. O artigo procura evidenciar a articulação entre o professor e o filósofo, explorando o alcance das influências plotinianas na construção e na consolidação (ainda que implícita) da obra de Bergson – seja por adesão, seja por demarcação –, focando três conceitos essenciais: alma, simpatia e causalidade.
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