Summary: | Resumo O presente estudo aborda os efeitos da qualidade da relação de vinculação no modo como a criança constrói uma significação social. Os participantes do estudo foram 50 díades mãe-criança. As crianças tinham idades compreendidas entre os 4 e os 5 anos, e as mães variavam entre os 20 e os 41 anos (M= 34,88 anos e DP= 4,114). O nível sócio-cultural das díades foi avaliado em função do grau de escolaridade das mães. Os instrumentos utilizados foram o Attachment Behaviour Q-Set (Waters, 1987) para analisar a qualidade da relação vinculação à mãe, e a Bateria de Provas Sócio-Cognitivas (Strayer, Gravel, Pagé e Biazutti, 1994) para analisar o pensamento social das crianças. Através da Análise Hierárquica de Clusters, e das representações maternas, identificaram-se dois grupos de crianças: grupo seguro e o grupo inseguro. Uma Análise de Variância mostrou a existência de diferenças significativas na Descentração Cognitiva - justificação e descentração afectiva global, observando-se valores mais baixos nas crianças mais novas. Através de uma correlação de Pearson, constatou-se que o critério score de segurança se encontrava significativamente correlacionado com a descentração cognitiva a nível global (R= 0,460, p<0,05) e justificação (R= 0,433, p<0,05). Em relação ao score de dependência (p>0,05), não se verificou qualquer correlação. A mesma correlação, revelou que a escala “Proximidade com a mãe” se encontrava correlacionada com a Compreensão Pró-Social (R= - 0,288, p<0,042).
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