New sediment toxicity tests for Lumbriculus variegatus

A contaminação de sedimentos tornou-se numa grande preocupação, uma vez que pode originar contaminação nas águas e na cadeia alimentar. Quando se pretende estimar os efeitos tóxicos no meio ambiente, as medições de elementos químicos fornecem informação sobre quais estão presentes e em que concentra...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Sardo, Ana M. (author)
Format: doctoralThesis
Language:eng
Published: 2011
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/953
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/953
Description
Summary:A contaminação de sedimentos tornou-se numa grande preocupação, uma vez que pode originar contaminação nas águas e na cadeia alimentar. Quando se pretende estimar os efeitos tóxicos no meio ambiente, as medições de elementos químicos fornecem informação sobre quais estão presentes e em que concentrações, mas não fornecem informação sobre a possibilidade de estes serem biologicamente perigosos. Assim, os bioensaios laboratoriais são ferramentas fundamentais na determinação da ecotoxicidade de um sedimento. Neste estudo foram levados a cabo diversos bioensaios. Numa primeira abordagem foram testados vários sedimentos, com a finalidade de definir qual a melhor granulometria de sedimento a utilizar nos testes de toxicidade, para a oligoqueta aquática L. variegatus. Apesar dos sedimentos finos terem mostrado os melhores resultados para a saúde e vitalidade da espécie em estudo, sedimentos ecologicamente mais relevantes, tais como sedimentos “inteiros” deverão ser utilizados tanto nas culturas como nos ensaios de toxicidade. Uma segunda abordagem teve como objectivo desenvolver novos testes automáticos para toxicidade de sedimentos, utilizando L. variegatus como espécie de estudo e o comportamento como novo parâmetro em testes padrão. Foram testados diferentes tóxicos: um metal (chumbo) e um pesticida (imidacloprid), representando dois grupos de químicos completamente diferentes. Foram observadas diferenças substanciais no modo de acção dos dois tóxicos testados. A exposição a sedimentos contaminados com chumbo resultou em níveis aceitáveis de sobrevivência, o que significa que ocorre acumulação do metal nos organismos, podendo haver transferência para próximas gerações e organismos de níveis tróficos superiores. A exposição ao pesticida, por seu lado, causou elevada mortalidade no ínicio da experiência; contudo alguns organismos foram capazes de sobreviver tanto como os organismos controlo. Numa abordagem final foi efectuado um ensaio com sedimentos recolhidos no campo. O objectivo foi avaliar a toxicidade de sedimentos provenientes de uma mina abandonada de pirite cúprica, medindo a mortalidade, crescimento e comportamento de L. variegatus durante 10 dias. O local de estudo escolhido foi a Mina de São Domingos (Sul de Portugal), um local com grande potencial para estudos ecotoxicológicos, devido à existência de um gradiente de pH e de metais provenientes da drenagem ácida das minas. Os resultados dos ensaios com L. variegatus indicam forte contaminação e os elevados valores encontrados apontam também para contaminação severa, o que pode revelar-se um factor limitante na recuperação ecológica daquela àrea.