“Para que são as caixas?”: a introdução de materiais semiestruturados no recreio exterior da valência de educação pré-escolar

O presente estudo decorre da Prática Profissional Supervisionada (Módulo II) realizada em Jardim de Infância no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar. Ao observar-se o espaço exterior desta valência, entendeu-se que ocorriam inúmeros conflitos devido à pobreza de equipamentos e materiais, sendo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Coelho, Patrícia (author)
Other Authors: Brito, Rita (author)
Format: article
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.21/11828
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipl.pt:10400.21/11828
Description
Summary:O presente estudo decorre da Prática Profissional Supervisionada (Módulo II) realizada em Jardim de Infância no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar. Ao observar-se o espaço exterior desta valência, entendeu-se que ocorriam inúmeros conflitos devido à pobreza de equipamentos e materiais, sendo preciso introduzirem-se novos objetos. Selecionaram-se materiais semiestruturados e soltos pelo espaço, colocando-se a questão de partida: “Como a introdução de materiais semiestruturados influencia as ações das crianças no recreio exterior?”. Adotou-se uma investigação-ação com o objetivo de analisar e compreender as ações e reações das crianças aquando a introdução destes materiais. Foi considerada uma amostra por homogeneização, de seis crianças entre os 4-6 anos. A técnica escolhida foi a observação participante, que se consubstanciou em notas de campo e fotografias, tendo sido ainda realizadas entrevistas semiestruturadas à educadora, assistente operacional e crianças. Para a interpretação dos dados recorreu-se à análise de conteúdo, tendo sido feita uma árvore categorial com os registos do antes e depois da introdução dos novos objetos. Concluiu-se que com a introdução de materiais semiestruturados os comportamentos de brincadeira de faz-deconta das crianças tornaram-se mais ricos e variados, tendo-se intensificado as interações de cooperação nas brincadeiras funcionais. O grupo também aumentou o seu reportório de movimentos, tendo percecionado inúmeras affordances.