Summary: | Esta dissertação apresenta uma alternativa de controlo, regulação e comando de pisos radiantes hidráulicos, inovadora, mais flexível e eficiente que garante ótimos níveis de conforto térmico à custa do mínimo de energia. Atualmente, o controlo dos pisos radiantes hidráulicos é feito, na maioria dos sistemas, recorrendo a termostatos que comandam os atuadores do sistema de modo a regular a temperatura do ar do(s) compartimento(s). É sabido que o conforto térmico do ocupante (traduzido pelo índice PMV) não depende somente da temperatura do ar, mas de outros fatores como por exemplo, da humidade do ar, da temperatura radiante, entre outros. Deste modo não é suficiente manter a temperatura do ar do compartimento para assegurar conforto térmico. Este estudo consiste no desenvolvimento de um algoritmo que tem todos os fatores supracitados, comandando desta forma os atuadores do PRH de forma a manterem constantemente uma temperatura que permita atingir ótimo conforto térmico, com o mínimo de intervenção por parte do utilizador. A pensar no futuro, o algoritmo de controlo foi implementado num controlador com capacidade de comunicação wireless com sensores com captação de energia residual (Energy Harvesting). O estudo experimental de verificação do desempenho do algoritmo de controlo implementado no controlador da EnOcean, considerou a sua aplicação a um provete de sistema de PRH com revestimento em piso flutuante inserido numa câmara climática. Foram considerados dois ensaios experimentais com condições climáticas da estação de Inverno. No primeiro ensaio, a temperatura da água à entrada possui o valor de 35 ºC enquanto no segundo possui o valor de 40 ºC. No primeiro o controlador ligou/desligou o atuador com menos frequência obtendo-se maior estabilidade e manteve a superfície do piso a uma temperatura inferior a 29 ºC tal como é recomendado pelas normas internacionais. Apesar de ter levado mais tempo para atingir condições de conforto térmico o controlador foi 100% eficaz. No segundo essas condições foram atingidas mais rapidamente mas à custa de mais trabalho por parte do atuador que teve de ligar/desligar mais vezes provocando um stress térmico maior. Para este último caso contudo o controlador não foi 100% eficaz já que parte do piso excedeu os 29 ºC, chegando aos 30 ºC durante parte do tempo de ensaio.
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