Summary: | A pandemia de COVID-19 provocou alterações nos sistemas pessoais, económico e ambientais. As comunidades académicas estão a ser afetadas, exigindo esforços de ajustamento, e dos quais podem resultar dificuldades que importa conhecer. Neste sentido, uma equipa de professores em articulação com a Saúde Escolar realizou um estudo aos estudantes do curso de Licenciatura em Enfermagem durante o estado de calamidade. Compreender o impacto que o confinamento social exerceu na saúde mental dos estudantes. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo. Aplicou-se questionário on line, tendo sido garantida a confidencialidade, o anonimato e a possibilidade de desistência sem prejuízo. Este foi autorizado pela Direção da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC). Questionário constituído por 4 partes: dados sociodemográficos, Índice de bem-estar da OMS, a Escala de ansiedade, depressão e stresse (EADS-21) e quais as atividades de lazer das últimas duas semanas. Responderam 81 estudantes (92.6% sexo feminino e 6.2% do sexo masculino), com idade média de 21.95 anos. Os resultados demonstraram que a maioria dos estudantes não detinham bolsas de estudo (50.6%), 35.8 % dos estudantes passa 9 ou mais horas aoResponderam 81 estudantes (92.6% sexo feminino e 6.2% do sexo masculino), com idade média de 21.95 anos. Os resultados demonstraram que a maioria dos estudantes não detinham bolsas de estudo (50.6%), 35.8 % dos estudantes passa 9 ou mais horas ao computador. Quanto ao sono 54.3% referem dormir entre 7 a 9 horas por dia e 43.2% refere que a qualidade do sono é boa. A media do índice de bem-estar da OMS é 12.49, o que sugere níveis baixos de bem-estar. A EADS-21 revelou 56.79% com sensação de menos ânimo. Quanto ao stresse, 60.49% algumas vezes reagiram em demasia em determinadas situações, 56.79% algumas vezes sentiram que estavam sensíveis e 54.32% sentiram algumas vezes dificuldades em se acalmar. As estratégias mais utilizadas elencadas foram música (81.5%), filmes e séries (75.3%) e atividades outdoor (58%). Os estudantes da ESEnfC apresentam um índice baixo de bem-estar, sentem-se com menos ânimo e melancólicos e demonstram dificuldade em assumir a iniciativa para a realização de atividades. Sentem-se com mais dificuldades em relaxar, nervosos, sensíveis e mais reativos. As estratégias de promoção de saúde mental mais utilizadas foram a música, filmes e séries e atividades outdoor. A ESEnfC implementará medidas focadas na promoção de um ambiente favorável ao ensino e sinalização precoce.
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