Summary: | Apesar de se verificarem algumas diferenças quanto às frequências de ocorrência entre os subgrupos de estudo (por exemplo, os processos de oclusão e anteriorização são mais frequentes no grupo PCC <50% e os processos de palatalização e despalatalização mais frequentes no grupo PCC> 50%), de forma geral, o processo de desvozeamento de fricativas e os processos de estrutura silábica são os mais frequentes entre as crianças com PLP. Identificou-se ainda um conjunto de processos fonológicos (como por exemplo processos de posteriorização, substituições atípicas de consoantes e omissão de consoante inicial) considerados atípicos. A investigação desenvolvida permitiu, então, evidenciar que a população em estudo apresenta, para além de padrões típicos, mas persistentes, um conjunto de características que têm vindo a ser atribuídas à perturbação fonológica, como a existência de “plateaus” para aquisições precoces, a ocorrência de desencontro fonológico (“chronological mismatch”), onde se verifica a coocorrência de processos de fases precoces (como o processo de oclusão) e padrões de erros característicos de fases posteriores do desenvolvimento fonológico (como os processos de palatalização ou semivocalização de líquida) e ainda, a ocorrência de processos atípicos. Conclui-se, portanto, que as crianças com PLP apresentam um grande comprometimento na componente fonológica, o que vai de encontro ao defendido em recentes teorias explicativas da natureza desta perturbação da linguagem, que apontam para um défice inicial ou de especial proeminência nesta componente da linguagem. Estas conclusões sugerem que uma intervenção terapêutica adequada e focada na estimulação de competências fonológicas será essencial junto desta população. Apesar de se verificarem algumas diferenças quanto às frequências de ocorrência entre os subgrupos de estudo (por exemplo, os processos de oclusão e anteriorização são mais frequentes no grupo PCC <50% e os processos de palatalização e despalatalização mais frequentes no grupo PCC> 50%), de forma geral, o processo de desvozeamento de fricativas e os processos de estrutura silábica são os mais frequentes entre as crianças com PLP. Identificou-se ainda um conjunto de processos fonológicos (como por exemplo processos de posteriorização, substituições atípicas de consoantes e omissão de consoante inicial) considerados atípicos. A investigação desenvolvida permitiu, então, evidenciar que a população em estudo apresenta, para além de padrões típicos, mas persistentes, um conjunto de características que têm vindo a ser atribuídas à perturbação fonológica, como a existência de “plateaus” para aquisições precoces, a ocorrência de desencontro fonológico (“chronological mismatch”), onde se verifica a coocorrência de processos de fases precoces (como o processo de oclusão) e padrões de erros característicos de fases posteriores do desenvolvimento fonológico (como os processos de palatalização ou semivocalização de líquida) e ainda, a ocorrência de processos atípicos. Conclui-se, portanto, que as crianças com PLP apresentam um grande comprometimento na componente fonológica, o que vai de encontro ao defendido em recentes teorias explicativas da natureza desta perturbação da linguagem, que apontam para um défice inicial ou de especial proeminência nesta componente da linguagem. Estas conclusões sugerem que uma intervenção terapêutica adequada e focada na estimulação de competências fonológicas será essencial junto desta população.
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