Linfoma canino: caracterização e relação com leishmaniose (2017-2019)

A melhor compreensão da medicina veterinária e os avanços tecnológicos na mesma têm permitido o aumento do tempo de vida dos animais domésticos, aumentando consequentemente a incidência de determinadas enfermidades, nomeadamente neoplasias. O linfoma é das neoplasias mais comuns no cão, originando-s...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pereira, Inês Sofia Magalhães (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10437/10203
País:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/10203
Descrição
Resumo:A melhor compreensão da medicina veterinária e os avanços tecnológicos na mesma têm permitido o aumento do tempo de vida dos animais domésticos, aumentando consequentemente a incidência de determinadas enfermidades, nomeadamente neoplasias. O linfoma é das neoplasias mais comuns no cão, originando-se principalmente em órgãos linfohematopoiéticos sólidos. A etiologia do linfoma não está ainda bem esclarecida, todavia, acredita-se numa causa multifatorial, envolvendo fatores genéticos, infeciosos, ambientais e imunológicos. A presente dissertação, realizada no âmbito da conclusão do Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, pretende caracterizar o linfoma canino e estudar a sua relação com a leishmaniose, com o intuito de compreender se esta poderá ter influência no seu desenvolvimento. Foi realizado um estudo retrospetivo observacional em canídeos com diagnóstico de linfoma, durante o período de 2017 a 2019. A amostra do presente estudo foi composta por 139 canídeos. Verificou-se maior prevalência de linfoma em machos, sendo uma grande parte da amostra composta por canídeos sem raça definida. Dos canídeos em estudo, 71% apresentavam localização multicêntrica, sendo o imunofenótipo mais comum de células B. Relativamente à terapêutica instituída, o protocolo mais utilizado foi o CHOP, tendo-se verificado um período médio de sobrevivência de 6,2 +/-4,9 meses nos animais que receberam este tratamento. Quanto à relação entre linfoma e leishmaniose, apenas uma pequena percentagem da população em estudo apresentava informações relativamente ao seu estatuto para esta enfermidade (35%). Deste subgrupo verificou-se uma prevalência de 15% de leishmaniose. Os resultados obtidos no presente estudo são semelhantes aos demonstrados por outros autores. Apesar de não ter sido possível estabelecer uma relação associativa direta entre linfoma e leishmaniose, observou-se uma prevalência de leishmaniose superior à descrita por outros autores.