Recomendações Portuguesas para a Gestão do Bloqueio Neuromuscular - 2017

A utilização de bloqueadores neuromusculares é comum nos doentes submetidos a anestesia geral como forma de facilitar a intubação traqueal e a ventilação e proporcionar condições cirúrgicas adequadas à execução dos procedimentos propostos. Apesar de serem fármacos de utilização muito comum, a sua ut...

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Bibliographic Details
Main Author: Esteves, Simão (author)
Other Authors: Roxo, António (author), Resendes, Hernâni (author), Pereira, Luciane (author), Fernandes, Nuno (author), Borges, Sandra (author), Pereira, Sandra (author), Albuquerque, Susana (author), Caramelo, Susana (author), Vargas, Susana (author), Carlos, Telma (author)
Format: article
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.25751/rspa.14810
Country:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/14810
Description
Summary:A utilização de bloqueadores neuromusculares é comum nos doentes submetidos a anestesia geral como forma de facilitar a intubação traqueal e a ventilação e proporcionar condições cirúrgicas adequadas à execução dos procedimentos propostos. Apesar de serem fármacos de utilização muito comum, a sua utilização está associada a risco de complicações pós-operatórias amplamente descritas na literatura. Um dos fatores implicado neste risco de complicações é a persistência de sinais e sintomas de bloqueio neuromuscular (BNM) residual no pós-operatório imediato. A literatura tem mostrado que o bloqueio neuromuscular residual é um fenómeno comum que aumenta a probabilidade de complicações. Em Portugal, num estudo publicado em 2013 foi encontrada uma incidência de 26% de BNM residual. Ciente desta realidade, entendeu a Direção da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia nomear um grupo de trabalho com vista a elaborar normas de orientação sobre a gestão do bloqueio neuromuscular no peri-operatório. Em função desta decisão, este grupo de trabalho começou por elaborar um inquérito dirigido aos Anestesiologistas a exercer em Portugal, sobre questões relacionadas com o manuseio do BNM de forma a obtermos uma “fotografia” inicial sobre estas questões. O objetivo deste grupo é elaborar um documento que defina orientações sobre a utilização clínica de bloqueadores neuromusculares, a monitorização dos seus efeitos e a sua adequada reversão.