Acrilamida em doçaria Portuguesa

A acrilamida é um composto de estrutura vinílica, com propriedades carcinogénicas (Grupo 2A- IARC) que tem vindo a ser identificado, em alimentos processados, desde 2002. Segundo os últimos documentos publicados pela EFSA deve ser prioritário a determinação do teor de acrilamida em produtos de panif...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Jesus, Susana (author)
Outros Autores: Delgado, Inês (author), Ramos, Ana (author), Brandão, Carlos (author), Félix, Nelson (author), Castanheira, Isabel (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.18/3544
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.insa.pt:10400.18/3544
Descrição
Resumo:A acrilamida é um composto de estrutura vinílica, com propriedades carcinogénicas (Grupo 2A- IARC) que tem vindo a ser identificado, em alimentos processados, desde 2002. Segundo os últimos documentos publicados pela EFSA deve ser prioritário a determinação do teor de acrilamida em produtos de panificação e pastelaria. Este estudo teve como objetivo a determinação da quantidade de acrilamida em doçaria portuguesa. Trinta amostras de doces e pão fabricados em estabelecimentos hoteleiros do Norte, Centro e Sul do País, foram analisadas individualmente por UPLC-MS para quantificação do teor de acrilamida. Os resultados revelaram que de todas as amostras, os biscoitos de caramelo (110 µg/Kg), os biscoitos apertados (218.8 µg/Kg) e os biscoitos gregos (354.9 µg/Kg) são os que não excedem o valor indicativo da EFSA (500 µg/Kg). Quanto às amostras de tortas (686-1084 µg/Kg), pão de deus (994.5 µg/Kg), pastéis (526.7 – 809 µg/Kg) e queques (676 – 1057.7 µg/Kg) verificou-se que contêm maior quantidade de acrilamida quando comparado com o valor encontrado na literatura. No pão de trigo analisado e correspondente a uma receita nacional foi determinado um teor de acrilamida inferior a 600 µg/Kg. Perante os resultados obtidos, podemos inferir que a formação da acrilamida está relacionada com a receita seguida na confeção dos produtos, já que a temperatura de cozedura das massas foi superior a 120 °C. Os resultados analíticos encontrados aconselham à sua combinação com dados de consumo destes alimentos com vista à análise rigorosa da exposição a este contaminante por parte dos consumidores.