O efeito do peso dos constituintes prosódicos na desambiguação de orações relativas reduzidas

No presente trabalho assumimos que, apesar de não haver um isomorfismo entre estruturas sintáticas e prosódicas, essas estão mutuamente relacionadas. Certos aspectos sintáticos são motivadores da formação de constituintes prosódicos, mas a estrutura prosódica dada a uma sentença também pode alterar...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Fonseca, Aline (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10451/26452
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/26452
Descrição
Resumo:No presente trabalho assumimos que, apesar de não haver um isomorfismo entre estruturas sintáticas e prosódicas, essas estão mutuamente relacionadas. Certos aspectos sintáticos são motivadores da formação de constituintes prosódicos, mas a estrutura prosódica dada a uma sentença também pode alterar o fraseamento sintático e, consequentemente, direcionar a interpretação em casos de ambiguidades estruturais. As sentenças relativas reduzidas (que podem ser esquematicamente traduzidas para: SN1-V-SN2-Atributo) geram uma ambiguidade de aposição local ou não-local do atributo que só pode ser desfeita em favor da aposição não-local em casos de prosódia marcada por pistas duracionais (de segmentos e pausas) e entoacionais. No entanto, a inserção de tais pistas nem sempre forma uma estruturação em constituintes prosódicos adequada. Os ouvintes são capazes de perceber a intencionalidade da marcação prosódica e levam tal fato em consideração para a interpretação de sentenças. Pistas prosódicas bem marcadas são direcionadoras da interpretação sintática e podem conduzir a desambiguação, no entanto, tais pistas precisam estar em sintonia com a cadência prosódica e a eurritmia da língua para que os ouvintes não interpretem a pista como um possível engano cometido pelo falante na produção.