| Resumo: | Ao longo das últimas décadas tem-se verificado um crescente envelhecimento populacional e com este, um aumento na preocupação com a saúde oral dos idosos, maioritariamente os institucionalizados. Esta apreensão advém do facto desta amostra vulnerável apresentar um estado de saúde mais precário. Objetivos: Este estudo visa caracterizar a saúde oral e a reabilitação protética dos idosos institucionalizados, assim como a sua capacidade mastigatória e a sua auto-perceção sobre a sua saúde oral. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional analítico transversal com uma amostra constituída por 63 participantes residentes em instituições da cidade de Viseu. A recolha de dados foi efetuada através da aplicação oral de um questionário, seguido de uma observação intra-oral. Resultados: Os idosos institucionalizados apresentaram um valor de CPOD de 27,27±7,126, com uma maior prevalência de dentes perdidos (26,14±8,293). Estes dados devem-se aos reduzidos índices de saúde oral verificados nesta amostra, resultantes dos escassos cuidados de higiene oral presentes nos pacientes institucionalizados. Quanto à capacidade mastigatória aferiu-se que os pacientes portadores de prótese dentária apresentam uma maior eficácia mastigatória (p=0,007 e p=0,21). Adicionalmente, os idosos reabilitados proteticamente apresentam uma melhor auto-perceção da sua saúde oral, segundo o Índice GOHAI (p=0,037). Conclusões: O conhecimento das principais necessidades de tratamento Médico-Dentário dos idosos institucionalizados é fundamental de modo a elaborar medidas de promoção de saúde oral e consciencializar tanto os idosos como os seus familiares e cuidadores para a sua importância. É fulcral que os Médicos-Dentistas se tornem numa parte integrante, ativa e dinâmica da Medicina Dentária Geriátrica.
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