Summary: | A formação inicial em Enfermagem na ESEnfC1, caracteriza-se por períodos de ensino na escola e de ensino clínico (EC) em instituições de saúde. Verificam-se dificuldades na supervisão em EC e na selecção do enfermeiro tutor. Urge a necessidade de encontrar um modelo estruturado e sistematizado de supervisão com um referencial de características/competências do enfermeiro tutor e de orientações para práticas supervisivas de qualidade. Surge este estudo com a questão central: "Quais as realidades dos enfermeiros tutores na supervisão em EC e como contribuir para potenciar a qualidade das suas práticas?" Alguns objetivos: · Identificar dificuldades dos enfermeiros tutores na supervisão dos estudantes; · Construir um referencial de características/competências do enfermeiro tutor; · Apresentar um "Guia Orientador" para práticas de supervisão de qualidade. Estudo exploratório, descritivo, abordagem mista com uma ostentação qualitativa/indutiva. Participantes: 176 enfermeiros tutores; 15 estudantes; 5 docentes; 11 enfermeiros chefes; 9 enfermeiros não tutores. Amostras não probabilísticas ou intencionais com recurso a diferentes técnicas de amostragem. Instrumentos: questionário, relato escrito e entrevista. Contextos: uma escola e três instituições hospitalares. Análise dos dados: software SPSS e NVivo. Emerge eixo nuclear "Processo de Supervisão em EC" com quatro dimensões temáticas: intervenção do enfermeiro tutor em EC; práticas de supervisão em EC; parcerias na formação clínica em Enfermagem; orientações para potenciar a intervenção do enfermeiro tutor. Conclusões: Nova visão do enfermeiro tutor: perfil e guia orientador de "boas práticas" assente num paradigma reflexivo e critico-construtivista. Motivação, disponibilidade e formação pedagógica são cruciais/indispensáveis na intervenção do enfermeiro tutor, tendo a escola uma (co)responsabilização nestas áreas.
|