Infecção por streptococo do grupo B antes e após a aplicação do rastreio materno universal. A experiência do Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de Trás-os--Montes e Alto Douro

Introdução: O Streptococcus β hemolítico do grupo B (SGB) é considerado o agente de infecção bacteriana perinatal precoce mais frequente. No Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto - Douro (CHTMAD), as indicações desenvolvidas pela Secção de Neonatologia (2004) foram implementadas de forma univer...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silva e Sá, Aida (author)
Other Authors: Fraga, José Carlos (author), Costa, Ana Margarida (author), Pereira, António (author), Soares, Isabel (author), Gaspar, Eurico (author)
Format: article
Language:por
Published: 2013
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.25754/pjp.2012.2352
Country:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/2352
Description
Summary:Introdução: O Streptococcus β hemolítico do grupo B (SGB) é considerado o agente de infecção bacteriana perinatal precoce mais frequente. No Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto - Douro (CHTMAD), as indicações desenvolvidas pela Secção de Neonatologia (2004) foram implementadas de forma universal a partir do segundo trimestre (2.ºT) de 2006. Objectivos: Determinar a incidência de infecção por SGB na Unidade de Cuidados Especiais ao Recém-Nascido (UCERN) do CHTMAD e descrever os recém-nascidos (RNs) internados e os seus casos. Métodos: Revisão casuística por análise dos processos clínicos dos RNs internados na UCERN por infecção por SGB entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2010. Resultados: Vinte e três recém-nascidos (1,28 ‰) foram admitidos na UCERN, quinze até ao 2ºT de 2006 e oito após esta data. A infecção foi precoce em 83% dos casos. Dos oito internamentos após o 2ºT de 2006, o estado portador materno foi conhecido em seis (em dois não foi realizado por prematuridade - 26 e 32 semanas); em três dos quatro casos com indicação foram administrados antibióticos profiláticos periparto. A manifestação clínica mais encontrada foi a dificuldade respiratória. O SGB foi isolado na hemocultura em 21 dos casos; em dois destes foi detectado também na cultura de líquido cefalorraquidiano. A terapêutica com ampicilina e gentamicina foi a mais usada. Ocorreram dois óbitos. Conclusões: A incidência de infecção neonatal por SGB encontra-se dentro dos valores descritos em outras séries. Após o segundo trimestre de 2006, com a introdução do rastreio universal, assistiu-se a diminuição da incidência de infecção por SGB (0,91‰ versus 1,64‰).