Summary: | Ao longo dos tempos as necessidades e a expectativa de melhoria das condições de vida da população do Centro Histórico do Porto (CHP) foram mudando. A utilização dos espaços nas degradantes condições físicas dos edifícios contribuíram para a deslocação de economias e com elas a sua população, para outras partes da cidade, sendo que este abandono fez com que o centro histórico perdesse população residente. Para contrariar este êxodo, é premente encarar a reabilitação deste espaço, como fundamental. Este estudo direciona-se para um edifício existente no centro histórico da cidade do Porto, mais concretamente o edifício de Vimara Peres nº 59-65 e sua envolvente. Este edifício interessou-nos devido às suas especificações e características históricas, culturais, construtivas e do habitar. A reabilitação deste edifício requer um trabalho de estabilização do edifício, conservação de pormenores e detalhes arquitetónicos mas a atualização dos parâmetros funcionais e de conforto de acordo com as exigências, mas simultaneamente preservar e valorizar os valores históricos e culturais, bem como a qualidade ambiental, social e económica da área envolvente. O trabalho desenvolveu-se na vertente teórica que possibilitou criar uma base de sustentação para desenvolver a vertente mais prática correspondente ao nosso caso de estudo. Tendo-se partido para a reabilitação do edifício, de forma a manter toda a sua autenticidade, deu-se importância ao isolamento térmico, com a implementação de elementos construtivos e técnicas atuais que melhorem as condições do edifício, mas de tal forma que sejam propostas, que se integrem de forma harmoniosa e por isso não intrusivas. Da proposta para a área alargada (Avenida Vímara Peres) espera-se que esta se desenvolva em função dos objetivos, tornando a zona acolhedora para os transeuntes e residentes, tornando todo o espaço mais harmonioso e desperte o interesse da vontade nas pessoas de lá voltar. Para área restrita (Edifício nº 59-65), perspetiva-se que aquele edifício volte novamente a ter “alma”, mantendo as mesmas funções que teve outrora. Espera-se ainda que esta reabilitação seja um ponto de partida para o melhoramento dos restantes edifícios na envolvente estimulando assim o desejo de trazer novamente as pessoas e fixá-las.
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