Summary: | OBJECTIVOS: Comparar o erro refrativo subjetivo determinado por quatro métodos de cálculo de lentes intra-oculares (LIO) – fórmulas SRK-T, Barrett, PhacoOptics e Radial Basis Functions (RBF) – com o equivalente esférico subjetivo residual. Comparar a potência da LIO obtida numa pseudo-população Montecarlo com combinações infrequentes de parâmetros biométricos. MATERIAL E MÉTODOS: Numa amostra populacional Portuguesa de 188 olhos pseudofáquicos com três tipos de lentes monofocais, avaliámos retrospetivamente os quatro métodos de cálculo. A avaliação pré-operatória foi realizada sempre com o Lenstar. RESULTADOS: A RBF apresentou um erro absoluto inferior em 61,2% dos casos para olhos com comprimentos axiais (AL) entre 22 e 24mm, sendo também a que mais se aproximou do zero na amostra populacional total, neste último caso com significância estatística. O erro mediano absoluto foi superior em todos os métodos para olhos com AL≤22,0mm. Em 97,9% dos casos a PhacoOptics teve um erro inferior a 1,00D, seguido da Barrett com 97,3%, RBF com 96,3% e por último a SRK-T com 93,6%. Perante combinações infrequentes, a discrepância entre a escolha das lentes é superior, com 50% dos casos com >1,0D de diferença. Em 39,4% dos casos a SRK-T e a RBF apresentaram os mesmos valores de cálculo de LIO. CONCLUSÕES: No geral, a metodologia RBF apresentou melhores resultados. A metodologia PhacoOptics apresentou, nesta população, um menor erro máximo. A SRK-T e a RBF apresentaram boa concordância no cálculo da LIO. Assim, apenas múltiplas estratégias personalizadas poderão permitir atingir os melhores resultados refrativos.
|