Summary: | A relevância das porcelanas e de outras cerâmicas enquanto símbolo de estatuto social surge acompanhada pela posse de objectos de prataria e de vidros, enquadrando-se num contexto de refinamento de gestos e atitudes, facto que a sociedade oitocentista vivenciou com particular intensidade. Entre 1815 e 1817, o tenente-general Luís Inácio Xavier Palmeirim adquiriu um conjunto de aparelhos de mesa de jantar, cujo conhecimento nos é dado através de documentos minuciosos do seu arquivo. Neste contexto, salienta-se a encomenda em Macau de um serviço de mesa com várias centenas de peças, efectuada a partir do Rio de Janeiro. Realizada em duas fases, esta aquisição surge acompanhada por pormenores formais e decorativos das porcelanas, que a transformam numa fonte importante para o conhecimento do mercado asiático de bens de luxo neste primeiro quartel do século XIX.
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