Resumo: | A presente investigação teve como objetivos gerais estudar a relação entre as motivações compassivas, os objetivos de autoimagem, o stress parental e o sentido de competência parental, bem como o contributo das motivaçãos dos pais para serem compassivos com os filhos, dos objetivos de autoimagem e do stress parental para explicar a satisfação parental. Os participantes neste estudo são 350 pais, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 20 e os 69 anos. O método de amostragem foi não-probabilístico através de “bola de neve” (snowball). Foram utlizados os seguintes instrumentos: Questionário sóciodemográfico, Escala dos objetivos compassivos e de autoimagem (CSIG-P), a Escala de sentido de competência parental (PSOC) e a Escala de stress parental (PSS). Os resultados mostram que as mães reportam níveis mais elevados de preocupações e stress parental do que os pais. Os pais que identificaram a presença de diagnóstico clínico nos filhos reportam níveis mais elevados de preocupações e stress parental e mais baixos de satisfação parental, comparativamente àqueles cujos filhos não têm diagnóstico. O contributo das motivações compassivas e dos objetivos de autoimagem para explicar a satisfação parental foi distinta entre pais com filhos sem e com diagnóstico. Enquanto para os primeiros os melhores preditores foram as preocupações parentais, as motivações compassivas e os objetivos de autoimagem, para os segundos, para além das preocupações parentais, as motivações compassivas mostram um papel expressivo na explicação da sua satisfação parental.
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