Resumo: | Um dos momentos mais significativos da arquitectura Portuguesa, o 1º Congresso Nacional de Arquitectura, em 1948, marca o surgimento da chamada segunda geração de arquitectos modernistas em Portugal, que propõem novos modos de ver a arquitectura, adoptando como seu manifesto a Carta de Atenas. Os Olivais Norte, planeados entre 1955 e 1958 e construídos até 1964, são a expressão dessa vontade, onde se procuram aplicar fielmente os princípios do Movimento Moderno e da referida Carta de Atenas. Os edifícios implantados livremente no território na procura da utopia do verde contínuo, condicionados apenas pela correcta exposição solar, a segregação das actividades, a separação da circulação viária e pedonal onde o “mundo da máquina” é subalternizado ao peão, permitem a constituição de um enorme logradouro colectivo, fazem dos Olivais Norte a primeira grande intervenção verdadeiramente modernista em Portugal. Os edifícios de habitação colectiva projectados por esta nova geração, assumem-se definitivamente como o modelo de construção económica. Promovido pelo regime de modo a resolver o grave problema de habitação, com as restrições decorrentes do facto de se tratar de edificações de caracter social, impõem conceitos racionalistas preconizados no movimento moderno, o estudo da unidade mínima, a maximização dos sistemas distributivos e a miscigenação social.
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