Psicologia do testemunho: inquirição de crianças em tribunal

A presente dissertação tem como objetivo estudar a temática da inquirição de crianças em tribunal. Desde sempre que os depoimentos efetuados por menores, principalmente com idades mais precoces tem gerado uma contravérsia, uma vez que, se por um lado existe o mito de que as crianças não mentem, que...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Latas, Rita Isabel Godinho (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10437/7558
Country:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/7558
Description
Summary:A presente dissertação tem como objetivo estudar a temática da inquirição de crianças em tribunal. Desde sempre que os depoimentos efetuados por menores, principalmente com idades mais precoces tem gerado uma contravérsia, uma vez que, se por um lado existe o mito de que as crianças não mentem, que dizem sempre a verdade, por outro lado existe alguma tendência a lhes atribuir pouca confiabilidade, pois os testemunhos podem ser inseguros. Para alguns autores esta pouca confiabilidade, deve-se ao fato das crianças perante uma situação de testemunho terem receio de serem punidos, ou até mesmo que algum familiar possa sofrer também esta punição, o que pode levar a criança a mentir de forma defensiva. Uma das maiores preocupações em tribunal é que a criança dê uma falso testemunho, o que por vezes acontece induzido pela pressão do momento, ou de uma sugestão de um terceiro, que leve esta a acreditar que na realidade aconteceu de uma forma diferente da que se lembra, introduzindo falsas memórias na mente da criança. Perante estes testemunhos as crianças nas maiorias das vezes sentem-se embaraçadas a narrar o sucedido o que pode também influenciar assim o testemunho, sendo que é bastante importante que se entenda que nem todas as crianças tem o mesmo grau de desenvolvimento, o que pode também ser determinante na veracidade do testemunho.