Resumo: | Este trabalho pretende estudar os impactes da hipoxia na segurança do voo, em particular na aviação desportiva. Em 2010 foi apresentada na Universidade da Beira Interior (Covilhã, Portugal) precisamente um trabalho de mestrado em Engenharia Aeronáutica cujo objectivo principal era medir a percentagem de oxigénio no sangue de pilotos de planador e ultraleve a nível periférico (dedo da mão) durante voos não pressurizados. Os resultados foram muito satisfatórios mostrando um decaimento acentuado desta percentagem com a altitude mas o método utilizado não se mostrou ergonómico para utilização em futuras experiências porquanto era incómodo, desconfortável e pouco prático. Assim, neste trabalho concentramo-nos em recolher a informação da oximetria cerebral de pilotos durante voos em aeronaves não pressurizadas através de medições efectuadas directamente sobre a região frontal de cada lobo cerebral, num processo menos incómodo e desconfortável, e até mais prático, comparando-as depois com as obtidas no trabalho efectuado em 2010. Para além dos dados experimentais obtidos em voo, e para melhor se compreender o impacte da hipoxia na aeronáutica em geral, e na aviação desportiva em particular, este trabalho apresenta ainda a definição e os vários tipos e sintomas do factor médico hipoxia bem como a forma como a legislação (mundial, europeia, americana e portuguesa) o encara. Para este trabalho, foi também lançado um Inquérito on-line sobre a hipoxia em aviação geral (sintomas, impactes no desempenho dos pilotos, e eventuais medidas preventivas), adaptado de um outro lançado nos Estados Unidos da América. O objectivo deste inquérito é a recolha de informação sobre situações de hipoxia ou descompressão, distinguindo-se do original precisamente pela adaptação à aviação geral. Este trabalho encerra com a indicação de perspectivas de desenvolvimento no futuro.
|