Summary: | Do ponto de vista económico, os polímeros reciclados são uma matéria-prima interessante para o uso em moldação por injeção. Estes são mais baratos do que os materiais virgens e a sua utilização contribui para o desenvolvimento de produtos sustentáveis. O presente estudo foca-se em poliolefinas obtidas por essa via. Geralmente distinguem-se os fluxos de materiais secundários de acordo com a sua origem, como pós-industrial (PI, consistindo na moagem de resíduos de produção) ou pós-consumo (PC, consistindo em moagem de produtos usados de consumo). Dentro dos materiais pós-industriais pode ainda fazer-se a distinção adicional entre materiais relativamente puros, de elevada qualidade, de origens conhecidas, como os reciclados a partir de caixas de cerveja e equipamentos domésticos. Os pós-consumo são materiais contaminados (principalmente com outros polímeros) obtidos a partir de embalagens, que geralmente contêm quer polipropileno (PP), quer polietileno (PE) e são denominados misturas de poliolefinas (MPO). As complicações que surgem frequentemente com amostras de poliolefinas recicladas são a contaminação, a composição inconsistente ou desconhecida, alterações no fluxo e as reduzidas propriedades mecânicas. A última é muitas vezes atribuída à incompatibilidade entre o PP e o PE em fundido, o que leva à separação de fases e fragilização do produto. Neste estudo, são analisadas várias amostras de resíduos de poliolefinas disponíveis industrialmente, tanto PI como PC na sua origem e avaliadas quanto à sua composição, processamento e propriedades mecânicas.
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