Summary: | Inspirada nas histórias e fábulas infantis, a exposição “Era uma vez... Ciência para quem gosta de histórias”, produzida pelo Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva e realizada em 2015 na cidade de Guimarães, serviu de oportunidade para explorar, com recurso a técnicas alternativas de avaliação como o Personal Meaning Mapping (PMM), a eficácia comunicativa da exposição junto do público, bem como a aprendizagem em contexto informal. O PMM foi utilizado por John H. Falk (1998) para “medir”, em relação a exposições e museus, a relação entre a experiência prévia (o que já sabemos sobre determinado tema) e a experiência da visita (o que aprendemos de novo. A avaliação por PMM tem natureza construtivista, não pressupõe respostas “certas” ou “erradas” e permite analisar diferentes dados, tais como contributos individuais ou padrão de resposta do grupo. A avaliação da experiência de aprendizagem faz-se de maneira simples: no centro de uma folha branca coloca-se uma palavra ou expressão e pede-se ao participante que escreva em seu torno, todas as ideias que ela lhe suscita. Depois da visita à exposição os participantes retomam às suas folhas e acrescentam ou alteram (com caneta de cor diferente) as “novas ideias” em redor da palavra-chave. Com a ajuda de assistentes clarificam-se algumas expressões menos perceptíveis do ponto de vista de caligrafia e anota-se tudo. No presente trabalho apresentamos os resultados obtidos com a aplicação de PMM a três amostras de visitantes à exposição em causa: duas escolas (uma urbana, outra da periferia de Guimarães) e público geral (visitantes de fim de semana, famílias, adultos), num total de 36 formulários preenchidos. Para realizar esta avaliação foram seleccionados três módulos da exposição correspondentes a três histórias, - “Capuchinho Vermelho” (biologia, ecologia), “Ali Babá e os 40 Ladrões” (matemática, reconhecimento biométrico) e “João e o Pé de Feijão” (biologia, ecologia) — aos quais fizemos corresponder as três palavras-chave “lobo”, “palavra-passe” e “pegada hídrica”, respectivamente. A selecção dos termos pretendeu focar assuntos de grande actualidade como sejam extinção de espécies, património genético, sustentabilidade, protecção ambiental, escassez de recursos, cifras, códigos, palavra-passe... Através da análise qualitativa dos formulários foi possível cruzar os objectivos de aprendizagem inerentes a cada módulo da exposição e aquilo que cada visitante aprendeu efectivamente com a experiência de visita.
|