Mulheres infectadas pelo VIH/SIDA: Adaptação ao nascimento de uma criança

Diversos estudos empíricos têm fundamentado a existência de uma proporção significativa de mulheres para quem o processo de transição para a maternidade coincide com a notícia da infecção pelo VIH/SIDA. Este estudo tem como principal objectivo avaliar a adaptação das mulheres infectadas pelo Vírus d...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pereira, Marco (author)
Outros Autores: Canavarro, Maria Cristina (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2007
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10316/20690
País:Portugal
Oai:oai:estudogeral.sib.uc.pt:10316/20690
Descrição
Resumo:Diversos estudos empíricos têm fundamentado a existência de uma proporção significativa de mulheres para quem o processo de transição para a maternidade coincide com a notícia da infecção pelo VIH/SIDA. Este estudo tem como principal objectivo avaliar a adaptação das mulheres infectadas pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) ao nascimento de um filho. Como indicadores de ajustamento avaliámos: a percepção de stress, a sintomatologia psicopatológica e a reactividade emocional. Os resultados do presente estudo mostram que o pós-parto se caracteriza por um nível mais elevado de percepção de stress e uma reactividade emocional negativa, quando comparado com os valores da população geral. Inversamente, neste momento, e em comparação com a mesma população, a reactividade emocional de valência positiva é significativamente maior entre as mulheres infectadas pelo VIH. Embora as gravidezes que ocorrem em contextos de risco ou nos casos em que o diagnóstico da doença (e.g., infecção pelo VIH/SIDA) ocorre após a ocorrência de gravidez, possam implicar maiores exigências de adaptação, os resultados encontrados apontam para a gravidez e o nascimento de um filho como contexto protector face à expressão de psicopatologia ou de emocionalidade mais negativa.