Summary: | A diversidade da sociedade atual exige, da parte das educadoras e professoras, uma competência profissional que lhes permita construir práticas pedagógico-didáticas que preparem as crianças para compreender um mundo marcado pela pluralidade. Nesta linha, apresentam-se neste texto os resultados da frequência, por 19 educadoras de infância, de uma ação de formação de 25 horas, intitulada “Diversidade linguística e consciência fonológica plurilingue: que possibilidades na educação préescolar?”. Para tal, analisam-se as respostas a inquéritos por questionário e reflexões escritas individuais de formandas que frequentaram a ação, identificando graus de satisfação com o percurso formativo e analisando o discurso de reflexão das formandas na conclusão da ação. Os resultados evidenciam que as formandas entendem a pertinência da educação para a diversidade linguística nos primeiros anos de escolaridade, reconstruindo, de alguma forma, a sua identidade profissional. Apesar de a abordagem da sensibilização à diversidade linguística não passar a ser a prioridade do seu discurso, por razões de caráter curricular, as formandas descobrem, na generalidade, outras formas de serem educadoras, indiciando uma necessidade de formação mais acompanhada no tratamento educativo da temática. O estudo mostra ainda que, em percursos de formação contínua, não podemos apenas contemplar novos objetos de reflexão e de intervenção educativa; importa também proporcionar às professoras e educadoras a compreensão das suas possibilidades de desenvolvimento profissional, o que implica que estas se sintam competentes para regular o seu próprio percurso, assegurando-se da sua sustentabilidade, exigindo continuado investimento em formações mais colaborativas.
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