Da “sociedade de risco” à “modernidade líquida”

Dois livros marcam, como sintomas de etapas relevantes no devir das sociedades desenvolvidas contemporâneas, um ponto de partida e um ponto de chegada no processo de desconstrução dos equilíbrios e dos contratos sociais herdados do Welfare State: em 1986, Ulrich Beck publicava Risk Society — Towards...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Mendes, João Maria (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/11144/3311
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ual.pt:11144/3311
Descrição
Resumo:Dois livros marcam, como sintomas de etapas relevantes no devir das sociedades desenvolvidas contemporâneas, um ponto de partida e um ponto de chegada no processo de desconstrução dos equilíbrios e dos contratos sociais herdados do Welfare State: em 1986, Ulrich Beck publicava Risk Society — Towards a New Modernity, defendendo que as sociedades ocidentais estavam a caminho de formas de organização mais refl exivas, baseadas numa nova “economia política do conhecimento”, apoiadas nas suas ciências e técnicas. Em 2000, Zigmunt Bauman publicava Liquid Modernity, descrevendo a “liquefacção” de todos os valores “sólidos” sobre os quais as sociedades ocidentais desenvolvidas assentavam, e o desmoronamento das arquitecturas sociais que tinham dado origem à própria ideia de “desenvolvimento”. Tomando os “manifestos sociológicos” de Beck e Bauman como pontos de partida, esta comunicação propõe-se refl ectir sobre o devir das sociedades actuais, inscrevendo-se numa tradição prospectiva que herda sobretudo da “filosofia social”.