Resumo: | Devido ao grande impacto na sociedade contemporânea do crescente envelhecimento da população, as intervenções vão cada vez mais no sentido de promover a qualidade de vida das pessoas desta faixa etária (Silva, 2011). A avaliação e intervenção na pessoa idosa deve ser integral, multidimensional e dinâmica, perspetivando o “melhor conhecer para melhor cuidar” (Araújo, Ribeiro, Oliveira & Martins, 2011). Segundo Carvalho e Rodrigues-Ferreira (2011) o idoso bem adaptado é o idoso que se interessa pela vida e que pode estar inserido na comunidade, num meio ambiente apropriado. É no meio rural que muitos idosos continuam esta fase da sua vida, enfrentando muitas vezes algumas adversidades. Assim é indispensável diagnosticar fatores com impacto ao nível da qualidade de vida, para que os profissionais de saúde possam intervir proporcionando-lhes um envelhecimento bem-sucedido. Pretendeu-se com este estudo avaliar a perceção da qualidade de vida em idosos residentes em meio rural no Nordeste de Portugal, verificando a sua relação com variáveis sociodemográficas e clínicas. É um estudo de carater quantitativo, não experimental, descritivo e transversal. A população foi selecionada por conveniência. A amostra em estudo (dois terços da população) é formada por 22 idosos, aos quais foi aplicado um instrumento de colheita de dados formado por um instrumento genérico de saúde o MOS-SF-36v2 e questões sociodemográficas e clínicas.No que respeita ao índice de qualidade de vida apresentam valores (em média) menores que os valores de referência da população portuguesa (Ferreira & Santana, 2003), também menores que populações de idosos institucionalizados (Silva, 2011). Apresentam piores scores as dimensões físicas. As variáveis que apresentam uma relação significativa são o sexo, a idade, a situação familiar, o estado civil, a quem recorrem quando necessitam de ajuda e a presença de doenças.
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