Summary: | A relevância social de uma investigação ou a sua “utilidade” não deve ser aferida por um padrão estritamente instrumental e não deve assentar numa coincidência necessária entre agenda pública e agenda de investigação. Como podem então ser pensados os contornos e o âmbito possível da relevância social da investigação versando sobre temas cuja percepção pública os define como “problemas sociais”? Com base na minha pesquisa etnográfica sobre instituições prisionais e em outros exemplos, proponho que esses contornos sejam sempre, antes de mais, os que decorrem do papel estruturador da teoria na investigação empírica, de molde a salvaguardar a possibilidade da renovação dos próprios termos em que os futuros “diagnósticos” desses mesmos problemas venham a ser feitos.
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