Resumo: | No contexto atual marcado pela prática do teletrabalho em função das medidas de prevenção do COVID-19, torna-se fundamental analisar as suas implicações a nível individual, familiar e organizacional. Esta investigação tem como objetivos compreender o impacto das exigências do trabalho na exaustão emocional e no "engagement" dos teletrabalhadores. Pretende ainda analisar o papel mediador do conflito trabalho-família e o papel moderador do suporte do supervisor a assuntos relacionados com a família. Para responder aos objetivos propostos foi utilizada uma metodologia quantitativa, através da administração de um questionário online a 916 indivíduos em teletrabalho. Destaco como força a heterogeneidade da amostra, composta por trabalhadores de diferentes organizações e setores de atividade profissional. Os resultados evidenciam uma relação significativa entre as exigências do trabalho e o aumento da exaustão emocional, o mesmo não acontecendo na relação entre as exigências do trabalho e o "engagement". As exigências do trabalho, via conflito trabalho-família, influenciam positivamente a exaustão emocional e negativamente o "engagement". A moderação do suporte do supervisor a assuntos relacionados com a família não é significativa em nenhuma das relações testadas. Os resultados empíricos obtidos são fundamentais para as organizações que desejam manter o teletrabalho, através da implementação de práticas direcionadas ao bem-estar.
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