| Resumo: | A necessidade de comunicar os objetivos, as ações e os resultados da empresa, em matéria de sustentabilidade, leva a que informação sobre aspetos ambientais, sociais e de governo, passem a integrar o relato empresarial, dentro dos relatórios de gestão ou em relatórios autónomos, como os relatórios de sustentabilidade. Não estando as empresas sem valores cotados expostas às pressões exercidas pelos mercados de capitais para o relato destas informações e implicando a sua preparação custos, esta dissertação tem como objetivo conhecer as motivações para o relato voluntário da sustentabilidade por parte de empresas sem valores cotados em bolsa. Para atingir o objetivo proposto adotou-se uma abordagem qualitativa, consubstanciada na realização de entrevistas semiestruturadas, e respetiva análise de conteúdo, a cinco empresas sem valores cotados pertencentes ao distrito de Aveiro. Os resultados obtidos evidenciam como razões para preparação do relatório de sustentabilidade de forma voluntária, as pressões exercidas por stakeholders específicos (clientes e empresa-mãe) e a necessidade de acompanhar (imitar) a prática dos seus pares. O departamento do ambiente e o departamento dos recursos humanos foram identificados como os principais intervenientes no processo de preparação do relatório de sustentabilidade. Como destinatários do relatório de sustentabilidade foram apontados, em primeira linha, por todas as empresas, os clientes. Também se observou algum grau de maturidade e sofisticação das empresas na preparação desta informação, nomeadamente, ao nível dos referenciais de relato utilizados. Por fim, as empresas não identificam nenhuma desvantagem associada à preparação do seu relatório de sustentabilidade, não considerando esta atividade um custo. Ao invés disso, apontam este relatório como um importante instrumento de comunicação, de sinalização da qualidade da empresa e de gestão da sua imagem.
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