Onde a terra se acaba e o mar começa: Evolução da mutabilidade espacial e vivência na linha ribeirinha do Barreiro

De origem piscatória e agrícola a cidade do Barreiro manteve um estreito laço com o rio Tejo e Coina, pautada pelo afastamento e poluição derivado das indústrias nas suas margens ribeirinhas. Desde finais do séc.XX, nota-se uma aproximação revelada na relação mais direta e lúdica com o rio, proporci...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Santos, Ana Carolina Brunhoso dos (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10071/23817
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/23817
Descrição
Resumo:De origem piscatória e agrícola a cidade do Barreiro manteve um estreito laço com o rio Tejo e Coina, pautada pelo afastamento e poluição derivado das indústrias nas suas margens ribeirinhas. Desde finais do séc.XX, nota-se uma aproximação revelada na relação mais direta e lúdica com o rio, proporcionado pela desativação das fábricas. No estudo das intervenções urbanas, a regeneração é a operação que desencadeia efeitos duradouros, profundos e consistentes sendo a mais referenciada pelo poder público e população local. Na catalogação das tipologias regenerativas em áreas ribeirinhas emerge um novo grupo baseado na inovação tecnológica, Conhecimento do Mar e Economia Azul intitulada de Educational Waterfront. Indicada, como solução regenerativa, para o Barreiro que atualmente aposta em ações de inovação e tecnologia. Numa estratégia bottom-up com os barreirenses testa-se os conceitos apresentados, sobrepondo com referências arquitetónicas de operações ribeirinhas e programas relacionados com o elemento aquático. Em modo de conclusão da investigação o projeto “Laboratório Marítimo” intervêm na área ribeirinha na porta de entrada para a cidade. A mutabilidade da linha ribeirinha teve sempre uma estreita relação com as atividades, sociais e económicas citadinas. Perante as mudanças climáticas acresce uma preocupação ambiental materializada em ações e lógicas sustentáveis. Tais fatores, estimulam um tipo de intervenção que alia a ecologia ao ensino e tecnologia para propor soluções de recuperação ecossistémicas e programas de inclusividade social. Visto que a orla marítima, um dos terrenos urbanos mais férteis para novas tipologias e experiências ecológicas, representa uma bitola para o desenvolvimento e crescimento da cidade.