Summary: | A delinquência juvenil é um fenómeno social de grande preocupação visto que tem início na fase da adolescência e dadas as suas consequências negativas, nomeadamente, comportamentos como a agressão, abuso de substâncias, furtos, entre outros. A presente investigação teve como objetivo principal conhecer os desafios e especificidades inerentes à intervenção na delinquência juvenil, a partir das perspetivas dos profissionais com competência para tal. Na referida investigação participaram sete profissionais que estão em contacto direto com jovens delinquentes. Estes apresentavam idades compreendidas entre os vinte e sete e os quarenta e cinco (M= 32 anos; D.P. =7.6). Os participantes foram alvo de entrevista individual. Subjacente à presente investigação está o método qualitativo. Constatou-se que a delinquência juvenil é um comportamento antissocial e nem sempre transgride as normas jurídicas e apresenta maior prevalência na adolescência, com mais intensidade nos rapazes. Além disso, os principais fatores de risco para os comportamentos delinquentes, que não são atos isolados, são os jovens que pertencem a famílias desestruturadas e que têm insucesso escolar. Face à compreensão deste fenómeno social, através dos testemunhos da nossa amostra, constatamos que as respostas sociais para resolver e prevenir tais comportamentos, deve incidir num trabalho conjunto entre a família, os profissionais que trabalham no âmbito deste problema e a escola.
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