Análise Não Linear do Comportamento Estrutural de Edifícios Pombalinos

Na baixa Pombalina, reconstruída após o sismo de 1755, a maioria dos edifícios são constituídos por alvenaria e uma estrutura de madeira tridimensional concebida como uma das medidas antissísmicas propostas por Manuel da Maia, Eugénio dos Santos e Carvalho, e Carlos Mardel. No entanto, a vulnerabili...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira, João Miguel Marques (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10362/53152
Country:Portugal
Oai:oai:run.unl.pt:10362/53152
Description
Summary:Na baixa Pombalina, reconstruída após o sismo de 1755, a maioria dos edifícios são constituídos por alvenaria e uma estrutura de madeira tridimensional concebida como uma das medidas antissísmicas propostas por Manuel da Maia, Eugénio dos Santos e Carvalho, e Carlos Mardel. No entanto, a vulnerabilidade sísmica destes edifícios não é totalmente conhecida, uma vez que nunca voltou a ocorrer outro sismo de igual magnitude. Hoje em dia, muitos destes edifícios encontram-se em estado avançado de degradação devido à sua idade e às intervenções realizadas ao longo do tempo para acomodar novas funcionalidades, prejudicando, em muitas situações, o seu comportamento estrutural face a um sismo. O objetivo principal desta dissertação é avaliar o comportamento sísmico de um edifício típico pombalino e avaliar o comportamento dos diferentes elementos estruturais e de que forma contribuem para a sua capacidade resistente, utilizando as potencialidades de modelação do comportamento não linear do software de modelação por elementos finitos SAP2000. Inicialmente, modelos mais simples de um edifício de alvenaria, pavimento e parede frontal foram modelados e calibrados com resultados experimentais existentes na literatura por forma a validar a sua inserção em modelos mais complexos e de difícil comprovação experimental. Após a validação, realizaram-se dois modelos distintos para o caso de estudo considerado, utilizando para o efeito duas técnicas diferentes para a modelação de alvenarias exteriores. Foram efetuadas análises pushover de forma a determinar a capacidade resistente do edifício e em seguida realizou-se a análise dinâmica não linear a partir de acelerogramas gerados artificialmente. O mesmo sismo foi escalado para diferentes acelerações de pico do sismo gerado artificialmente de forma a aferir qual seria a intensidade de sismo a que o edifício teria capacidade de resistir. A partir desta análise chegou-se à conclusão de que o edifício seria capaz de resistir com danos moderados a um sismo de 20% da intensidade original e com as paredes frontais intactas sem qualquer tipo de danos.