Avaliação da espiritualidade dos sobreviventes de cancro: implicações na qualidade de vida

A interface entre a dimensão espiritual e a saúde tem vindo a tornar-se uma área crescente na investigação nos últimos anos. A dimensão espiritual é descrita como sendo relevante na atribuição de significado ao sofrimento provocado por uma doença crónica, e também como um recurso de esperança face à...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pinto, Cândida (author)
Other Authors: Ribeiro, José Luís Pais (author)
Format: article
Language:eng
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.12/1523
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/1523
Description
Summary:A interface entre a dimensão espiritual e a saúde tem vindo a tornar-se uma área crescente na investigação nos últimos anos. A dimensão espiritual é descrita como sendo relevante na atribuição de significado ao sofrimento provocado por uma doença crónica, e também como um recurso de esperança face às mudanças no estado de saúde. O cancro é uma das doenças que ameaça o sentido de integridade da pessoa e, mesmo quando os sintomas físicos se tornam menos preocupantes, as questões espirituais que surgiram no processo da doença permanecem. Com o presente estudo pretendeu-se analisar as diferenças da espiritualidade de acordo com as variáveis sócio-demográficas e clínicas num grupo de sobreviventes de cancro; avaliar a correlação entre as dimensões da espiritualidade e a qualidade de vida. Material e método: Participaram neste estudo 426 pessoas que tinham tido uma doença oncológica. Os participantes preencheram um questionário sócio-demográfico, a escala de espiritualidade, e o QLQ-C30. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as dimensões da espiritualidade e as variáveis sócio-demográficas e clínicas. Verificou-se um valor moderado, embora significativo entre a espiritualidade e a qualidade de vida. Infere-se que a espiritualidade é vista como um conceito único que está relacionado com a qualidade de vida, contudo permanece conceptualmente distinto. Conclusão: Os resultados deste estudo reforçam a relevância de uma perspectiva integral do sujeito, quando objecto de cuidados de saúde. Torna-se necessária o desenvolvimento de investigação futura no sentido de validar estes mesmos resultados.