Summary: | Estudo da Sensibilização aos Aeroalergenos Phl p 1, Phl p 5, Ole e 1 e Ole e 2 em Doentes com Patologia Alérgica Sazonal Cátia Coelho2, Elsa Caeiro2,4, Maria Luísa Lopes1, Ana Filipa Lopes3, Raquel Ferro2, José Eduardo Moreira3, Célia Antunes3,4, Rui Brandão4,5 1Hospital de Santa Luzia, Elvas, Portugal; 2Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), Lisboa, Portugal; 3Departamento de Química, Universidade de Évora, Portugal; 4Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM), Universidade de Évora, Portugal; 5 Departamento de Biologia, Universidade de Évora, Portugal Introdução: A sensibilização aos pólenes depende de vários factores nomeadamente do tipo de vegetação local e sabe-se que a sintomatologia não está apenas associada à exposição aos pólens mas também a partículas, algumas das quais resultantes da rotura dos grãos de pólen sendo posteriormente aerossolizadas. Objectivos: Relacionar a sensibilização de doentes com a concentração polínica atmosférica e a concentração de alguns dos respectivos aerolergenos. Métodos: Das consultas externas de Imunoalergologia dos hospitais de Évora e Elvas seleccionaram-se doentes que apresentavam queixas sazonais de rinite alérgica e asma brônquica, aos quais foram realizados testes cutâneos em Prick, standardizados, aos pólenes identificados na região. A 55 doentes foram realizados testes ao extracto de Phleum, aos seus alergénios Phl p 1 e Phl p 5, bem como aos extractos das restantes gramíneas e a 47 doentes foram realizados testes ao extracto de Olea, aos seus alergénios Ole e 1 e Ole e 2. Monitorizaram-se diariamente as partículas polínicas e os aeroalergenos mediante 2 colectores específicos para cada tipo. Resultados: A percentagem de doentes que é sensível aos 3 extractos de Phleum (Phleum total, Phl p 1 e Phl p 5) é de 51% , a dos que são sensíveis aos extractos de Phleum total e Phl p 1 é de 16 % e a dos que são sensíveis a Phleum total e Phl p5 é de 2%. A percentagem de doentes que é sensível a somente um dos extractos é de 20% e os que não têm qualquer sensibilidade são 11%. A percentagem de doentes que é sensível aos 3 extractos de Olea (Olea total, Ole e 1 e Ole e 2) é de 23%, a dos que são sensíveis à Olea total e Ole e 1 é de 21 % e a dos que são sensíveis à Olea total e Ole e 2 é de apenas 4%. A percentagem dos que são sensíveis a um dos extractos é de 19% e a dos que não apresentaram qualquer sensibilidade é de 32%. Conclusões: Podemos concluir que 89% dos doentes mostraram ser sensíveis aos alergénios da gramínea Phleum pratense pois mostraram positividade tanto ao extracto de Phleum e/ou aos seus alergénios Phl p 1 e Phl p 5. Em relação à oliveira, 44% dos doentes são alérgicos a este pólen pois são sensíveis ao seu alergénio major, Ole e 1. Em ambos os casos estão correlacionados com os aeroalergenos detectados nas amostras de ar, sendo a sensibilidade aos pólenes de gramíneas maior que a sensibilidade ao pólen de oliveira. Mais estudos devem ser realizados para despiste de reacções cruzadas nomeadamente quanto à Olea com outras plantas da região.
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