Resumo: | Pretende-se, neste artigo, problematizar a existência de personagens no jornalismo, à luz não só da adaptação de teorias da personagem ficcional, mas também das teorias construtivistas do jornalismo. Além disso, é nosso intuito demonstrar como o ambiente digital se constitui como um terreno fértil para a figuração, por dar ao jornalista um conjunto de ferramentas que lhe permitem escolher o meio mais adequado para transmitir cada pedaço de informação, o que pode facilitar a compreensão, por parte do leitor (latu sensu). Para trilhar possíveis caminhos para a personagem em ambiente digital, baseamo-nos nas oito caraterísticas desse ambiente que consideramos mais relevantes para a construção de narrativas: a hipertextualidade, a não-linearidade, a interatividade, a multimedialidade/multimodalidade, a convergência, o multiplataforma, a transmedialidade e a imersão.
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