A Praxis curativa dos religiosos carmelitas fundamentada no Colóquio dos Simples de Garcia da Orta
A descoberta do caminho marítimo para a Índia sob o comando do navegador português Vasco da Gama durante o reinado do rei D. Manuel I, entre 1497-1498, impulsionou o desenvolvimento dos circuitos comerciais a longa distância, principalmente o comércio de especiarias. Nesta época, o sub-continente in...
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Format: | lecture |
Language: | por |
Published: |
2022
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Subjects: | |
Online Access: | http://hdl.handle.net/10174/32946 http://hdl.handle.net/10174/32946 |
Country: | Portugal |
Oai: | oai:dspace.uevora.pt:10174/32946 |
Summary: | A descoberta do caminho marítimo para a Índia sob o comando do navegador português Vasco da Gama durante o reinado do rei D. Manuel I, entre 1497-1498, impulsionou o desenvolvimento dos circuitos comerciais a longa distância, principalmente o comércio de especiarias. Nesta época, o sub-continente indiano foi para os portugueses o centro das atenções pelas suas riquezas, singularidades e novidades, onde se destacava o ouro, marfim, especiarias e plantas medicinais, entre outros. Por exemplo, a canela (Cinnamomum cassia), o gengibre (Zingiber officinale), o cravo-da-índia (Syzygium aromaticum), a nóz-moscada (Myristica fragrans) e a pimenta-do-reino (Piper nigrum), eram especiarias muito apreciadas e difíceis de obter em Portugal, não só por ser utilizada na culinária, mas também por serem medicinais. Foi neste ambiente de deslumbramento pelos produtos exóticos que Garcia da Orta, médico e botânico português partiu para a Índia em 1534. Depois de ter viajado pelo subcontinente indiano, estabeleceu-se em Goa, onde se familiarizou com a literatura médica indiana e iniciou pesquisas sobre as propriedades curativas das plantas locais e drogas (minerais, produtos animais, entre outros), as enfermidades mais comuns na sociedade indiana e o modo de curar os males de saúde. No presente trabalho, pretende-se analisar a riqueza das plantas medicinais vindas do Oriente e que existiam nas boticas de algumas casas religiosas pertencentes à Ordem dos Carmelitas Descalços em Portugal. Do elenco vegetal obtido, selecionaram-se as espécies asiáticas e do médio oriente e analisa-se o provável uso na vida quotidiana conventual e da sociedade portuguesa da época. |
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