Summary: | O nascimento de uma criança é uma etapa especial na vida de uma família. É considerada uma das fases mais complexas do ciclo vital da família, uma vez que requer por parte desta capacidade de adaptação para lidar com a integração de um novo membro no seu seio. O nascimento de um filho com Necessidades Educativas Especiais (NEE), implica não só adaptação familiar, como também aceitação, sendo que esta situação pode fortalecer as relações familiares ou pelo contrário desintegrá-las. Para que exista uma adaptação saudável do novo indivíduo na família, a coparentalidade, a coesão, a adaptabilidade e a resiliência, podem facilitar a dinâmica familiar. Como objetivo geral pretende-se analisar a coparentalidade, a coesão, a adaptabilidade e a resiliência em famílias com filhos com NEE. Mais especificamente pretende-se com a presente investigação averiguar de que forma a coparentalidade, a coesão e a adaptabilidade, se comportam como promotores de resiliência nas famílias com filhos com NEE. Participaram no estudo, descritivo e correlacional, 78 sujeitos, sendo 36 pais e 42 mães com filhos com NEE, com idades compreendidas entre os 24 e os 68 anos (M = 42,46; DP = 9,979). Com a aplicação de um Questionário Sócio-demográfico, um Questionário da Coparentalidade, a Escala de Avaliação da Adaptabilidade e Coesão Familiar (FACES III) e a Family Resilience Assessement Scale (FRAS), os resultados obtidos revelam que a maioria das famílias acabou por desenvolver resiliência. Os dados permitem ainda comprovar que, a coparentalidade, a coesão e a adaptabilidade destas famílias contribuem para a promoção de resiliência, sendo a coparentalidade a variável que mais contribui. Face aos resultados obtidos constata-se, desta forma, que estes pais com filhos com NEE dispõem de mecanismos que os ajudam a enfrentar situações de crise, advindas da presença de um filho com NEE, equilibrando a dinâmica familiar.
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