Summary: | Tomando como ponto de partida um território marcado por elementos arquitectónicos pré-históricos e olhando, dialecticamente, o “encasulamento” da vila de Monsaraz nas suas sucessivas muralhas e o seu ensimesmamento daí decorrente, propôs-se neste Workshop (“... da fábrica que falece à Vila de Monsaraz”), muito antes de qualquer exercício de formalização, um exercício de reflexão sobre o futuro de Monsaraz, agora que a “sombra”, o isolamento, o silêncio e a solidão deram lugar ao “mar”, território por lavrar/”lavorare” que, embora interior, permite, facilita, incentiva à partida, ao alargamento dos limites – dando sentido à condição do homem como ser fronteiriço -, à diáspora, não já a diáspora real mas uma outra no plano simbólico, comunicacional e, também ela, intimamente ligada ao Cosmos porque transforma todo o Caos num “mundo nosso”: o “mare nostrum” alentejano.
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