| Resumo: | O mercado de trabalho português é atualmente palco de incertezas, instabilidade e acima de tudo, insegurança para quem está agora a entrar no mercado de trabalho levando a que, em muitos casos, os jovens no fim do percurso académico recorram a formas de trabalho precárias para ganhar experiência profissional. Os decisores políticos têm desenhado medidas de política ativa de emprego para facilitar a transição dos jovens para o mercado de trabalho, especialmente os estágios. Este estudo explora a perceção sobre os benefícios das experiências de estágio designadamente na inserção profissional e subsequente empregabilidade de uma amostra de jovens do ensino superior em Portugal. A realização deste estudo justifica-se pela contribuição em aprofundar o conhecimento sobre os benefícios do estágio, visando várias áreas de formação, graus académicos e instituições universitárias. A análise empírica apoia-se em dados recolhidos a partir de um inquérito original aplicado através de redes sociais a jovens estudantes ou diplomados do ensino superior que tivessem realizado pelo menos um estágio (n = 94) seja ele profissional, curricular, extracurricular ou das ordens profissionais. Os resultados empíricos indicam que a realização do primeiro estágio foi benéfica para a aquisição de conhecimentos e competências, bem como a aquisição de experiência profissional, bastante valorizada pelos empregadores. Todavia, não há um consenso sobre os benefícios relativos às condições de emprego. Os resultados desta pesquisa podem ser úteis para uma reflexão sobre esses benefícios e introdução de eventuais alterações nesta medida que visa garantir uma transição mais fácil dos jovens para o mercado de trabalho.
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