Resumo: | A quantificação faunística que, de simples comparação das espécies animais presentes, passou a incluir a medição da abundância relativa das espécies em cada conjunto faunístico, tem sido nos últimos anos uma das áreas mais discutidas da arqueozoologia. Neste trabalho pretende-se demonstrar como a quantificação faunística (na vertente dos animais vertebrados) é actualmente realizada, que parâmetros e unidades utiliza, a que perguntas procura responder e, por fim, quais os problemas que minam este tipo de análise em geral e as suas diversas unidades em particular. São particularmente discutidas as unidades NRDt, NMI, NME, UAM e NMUS, bem como algumas estimativas e índices ("Meat Weight", Krantz, Chaplin, Lincoln/Petersen, entre outras). Em termos gerais concluí-se que (1) as unidades e os índices utilizados devem responder a perguntas concretas e seguir regras específicas, como tal (2) a utilização de uma unidade não pressupõe a exclusão de outras, ao invés a utilização de várias unidades e índices pode fornecer mais e melhor informação, e (3) a arqueozoologia quantitativa, essencialmente uma reordenação inteligível dos dados à nossa disposição, não invalida, pelo contrário obriga, a uma análise detalhada do contexto da colecção faunística em estudo.
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