As clivagens políticas e sociais na descolonização: o caso português

O trabalho que se apresenta, como Dissertação de Mestrado em Ciência Política, aborda a questão das Clivagens no processo de Descolonização Português, e a influência que tiveram no mesmo. As Clivagens que apresentamos são de cariz político, militar, diplomático, religioso e étnico, e a forma como os...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Fonseca, José Augusto Ventura Duarte da (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2011
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/3438
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/3438
Descrição
Resumo:O trabalho que se apresenta, como Dissertação de Mestrado em Ciência Política, aborda a questão das Clivagens no processo de Descolonização Português, e a influência que tiveram no mesmo. As Clivagens que apresentamos são de cariz político, militar, diplomático, religioso e étnico, e a forma como os diferentes “players” lidaram com as mesmas. Apresentamos neste trabalho, as diferentes visões de políticos, militares, religiosos e de combatentes, no dilema entre a Integração e a Independência dos territórios africanos de Portugal. E neste conflito de interesses, fazemos a análise entre um presente sem futuro e um futuro com presente. Analisamos a coerência das políticas por todos apresentadas, e a forma nacional e internacional como elas eram ou não aceites, e as possibilidades que tinham de sair vencedoras. Para compreender o caso da Descolonização Portuguesa, tivemos que alavancar e integrar o mesmo, no processo mais vasto da Colonização e Descolonização inglesa, francesa e belga. Por outro lado, apresentamos dados que nos permitem dizer claramente, que a presença europeia, e logo a portuguesa em África, só é verdadeiramente efectiva, após a Conferência de Berlim, e mesmo assim, real, só após o primeiro conflito mundial. Demonstramos finalmente, fossem quais fossem as políticas das potências europeias na correcção de todas as Clivagens, o destino dos territórios africanos sob dependência europeia seria sempre único: autodeterminação e independência. E esta Dissertação é um contributo que se dá, para o entendimento deste facto. E da mesma forma que a Europa se compôs e recompôs, alterou fronteiras, viu desaparecer impérios e surgirem outros, viu países que se volatilizaram e outros que se afirmaram, a África e os africanos têm também o direito à dignidade de se apresentarem perante a Comunidade Internacional, como parceiros e como construtores de um Mundo melhor. ABSTRACT: The work I presented as a Dissertation in Political Science refers to Cleavages in the Portuguese Decolonization process and its influence on the same. The referred Cleavages are political, military, diplomatic, religious and ethnic, and intend to show how the different “players” deal with them. In this work one can find various approaches, such as political, military, religious or of combatants, regarding the dilemma between the integration and the independence of Portuguese African territories. Based on this conflict of interests, we do an analysis between a present without future and a future with present. We also look closer at the coherency of the politics presented by all, at the national and international acceptance or non acceptance and at their chance to be or not successful. In order to understand the Portuguese case of Decolonization, we had to lever and integrate the same in a much wider process of colonization and decolonization, including the English, French and Belgian ones. We also present data that allows us to state that the European and Portuguese presence in Africa as only been effective after the Conference of Berlin and real after the First World War. Finally, we are able to prove that the fate of the African territories will only be of self-determination and independence, regardless of the European Potencies politics in all the Cleavages correction. This Dissertation is meant to contribute to a better understanding of this reality. Just like Europe composed itself, changed border, has seen empires disappear and new ones appearing, has seen countries ending and new ones emerging, also Africa and the Africans have the right to submit themselves to the International Community as partners and builders of a better world.